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ARTIGO – Uniuv visita o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo



 O Curso de Comunicação Social ( Publicidade e Propaganda e Jornalismo) visitou o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo, dia seis de junho.

Toda a programação fora feita com antecedência de um mês, pela professora Julliana Biscaia.

O lugar é imponente e proporciona, de imediato, total acolhimento dos presentes, organizados em grupos de vinte pessoas ou pouco mais, para cada monitora educativa (formadas em Letras).

Já na entrada ouvimos a voz de Arnaldo Antunes, declamando seu Poema Palavra.

Chegamos a uma sala climatizada, com luzes apagadas, apenas iluminadas as exposições de objetos representativos da cultura dos povos integradores de nosso povo e, logo ao lado de cada expositor, um computador, em que eram consultados os significados de palavras daquela determinada origem. Consultamos nos dicionários eletrônicos especializados a história de palavras africanas, indígenas, francesas, inglesas, entre outras. Verificamos os mapas virtuais relativos aos usos da língua portuguesa no mundo.

A monitora ia acompanhando as seções, complementando as informações e conduzindo o grupo adiante. Estávamos em dois grupos.

Em outra sala, havia três grandes mesas/painéis eletrônicos, grandes como mesas de bilhar, em que os acadêmicos, apenas com a sombra das mãos, arrebanhavam raízes, prefixos e sufixos, formando palavras e conferindo suas origens e significado. Um modo agradável de estudar e de despertar a curiosidade para a etimologia tão variada dos termos de nossa língua. O responsável pela produção desse setor é o escritor, apresentador e roteirista de televisão, Marcelo Tas.

Em um corredor lateral esquerdo, em toda a extensão do museu, há uma tela, onde são projetados filmes temáticos, focalizando as variantes regionais lingüísticas. Assim, ouvimos Pelé e outros narradores esportivos relatando passagens célebres do esporte brasileiro e aquelas cenas, dando o sentido dos termos diversos criados na ocasião – a linguagem do esporte. Depois, da culinária, de folclores regionais, da agricultura… Era o retrato da língua portuguesa na cultura brasileira.

Em outro piso está o auditório Idiomaterno, em cujo telão Fernanda Montenegro apresenta um filme sobre a língua, identidade de um povo. Uma das imagens é a de pessoas na horizontal, e dentro de suas veias circulando palavras de nossa língua. Muito forte. Somos o que pensamos e falamos.

Abre-se aquela parede (telão) e passamos a outra sala, grande, oval, piso de mármore. No teto e paredes são projetadas cenas de obras de autores ilustres, enquanto se ouve a passagem. E essas mesmas imagens refletem-se na superfície espelhada do chão. Ouvimos Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes. Foi o auge da experiência literária, que todo estudante deveria vivenciar.

Felizes os paulistas, por contarem, entre tantos outros centros culturais, com mais esse, desde 2006, mantido pela Fundação Roberto Marinho e pela ONG Instituto Brasil Leitor.

Fica mesmo é o gostinho de quero mais.



*Mestre em Lingüística Aplicada, membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi), professora de Língua e Literatura nos cursos  de Secretariado Executivo e Comunicação Social, e presidente do Conselho Editorial da Uniuv.

Esclareça suas dúvidas. Mande sugestões para esta coluna pelo e-mail prof.fahena@uniuv.edu.br

Esse texto foi originalmente publicado na coluna Questões de Estilo, da edição impressa nº. 1.999, e na edição on-line nº. 499 do Jornal Caiçara, de 13 de junho de 2008.

por: UNIUV

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