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Uniuv promove debate sobre violência e segurança



Não apenas promover o ensino acadêmico de qualidade, mas inserir seus alunos nos acontecimentos locais e regionais, promover a ética e colaborar para um mundo melhor. Com esses objetivos, na noite de 19 de outubro, a Uniuv promoveu, em sua sala de eventos, o debate sobre segurança e violência.

Participaram do evento o promotor de justiça da Vara da Infância de da Juventude, de União da Vitória, Julio Ribeiro de Campos Neto, o comandante da Polícia Militar, major Edson Hartmann de Oliveira, o teólogo e professor, padre Abel Zastawny, e a psicóloga Yara Terezinha Ferretti Grando Roman. A mediadora do debate foi a coordenadora do curso de Jornalismo da Uniuv, Angela Maria Farah.

Por quase três horas, alunos dos cursos de Secretariado Executivo e de Comunicação Social da instituição ouviram e puderam questionar sobre o tema abordado por esses profissionais que trabalham, de forma direta ou indireta, com essa questão da violência e da segurança.

O padre Abel Zastawny lembrou que a violência não se dá apenas contra os outros, mas contra si mesmo. “Essa autoviolência vai desde questões alimentares, o uso de substâncias nocivas à saúde, até a superficialidade das coisas”, fazendo uma referência ao fato que as pessoas se deixam levar por impulsos consumistas. Segundo Zastawny, a violência é tudo aquilo que vai contra a ordem natural das coisas.

Em sua exposição, o promotor Campos Neto destacou que grande parte da população faz uma interpretação errônea sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para ele, alguns pais ou responsáveis acreditam ser mais fácil passar a responsabilidade do ato de educar seus filhos para uma instituição ou para o Estado. “O ECA não é uma lei para proteger o menor infrator, mas para garantir os direitos das crianças e adolescentes, e aqueles que se encontram em situação de risco”, enfatizou Campos Neto. O promotor mencionou que o menor que comete algum delito não fica sem corretivo. Ele responde e é punido, seguindo o que preconiza o Estatuto.

A psicóloga Yara Terezinha Ferretti Grando Roman mencionou que um dos fatores desencadeantes da violência contra si mesmo ou contra outras pessoas é a baixa autoestima. “As pessoas, por vezes, negam a si mesmas e vivem em função dos outros. O que pensam, como se vestem, como agem. Isso é uma violência psicológica que o indivíduo comete contra si”, afirma. Ela destaca que as pessoas devem ter consciência de que na vida nem sempre teremos tudo o que desejamos, e devem aprender a conviver com as limitações. Sobre o modo de educar os filhos, Roman afirma que é preciso colocar limites às crianças. “Há uma grande diferença entre uma palmada educativa e o ato de espancar os filhos”, ressalta.

O debate promovido pela Uniuv foi concluído com a explanação do comandante da PM, major Edson Hartmann de Oliveira, que informou sobre a atuação da corporação na cidade de União da Vitória. Hartmann lembrou que se comparada com cidade de igual porte, União da Vitória ainda pode ser considerada uma cidade tranqüila, destacando que o maior índice de ocorrências atendidas é relativo ao roubo de bicicletas. O comandante mencionou sobre o trabalho da imprensa. Para ele, a imprensa não deve ser precipitada, devendo levar os fatos realmente como eles acontecem, de modo especial, na cobertura de notícias relacionadas ao setor policial. Ele estava referindo-se ao sensacionalismo ou falta de informações corretas na divulgação de fatos relacionados a crimes e segurança pública.

Em síntese, os participantes concordaram quanto aos principais fatores que aumentam os riscos de comportamento violento. A família e a escola devem estar atentas aos comportamentos que podem identificar vítima de violência com abuso físico ou psicológico com frequência e desde a mais tenra idade; excesso de exposição às cenas agressivas; problemas familiares ligados à combinação de violência, fatores genéticos, abuso no uso de álcool e drogas; privações severas devido às condições financeiras e sociais extremamente desfavoráveis, e problemas neurológicos causados pelos castigos físicos, entre outros.

por: UNIUV

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