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ARTIGO – É possível aprender a melhorar o mudar o mundo?

“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos, também, a felicidade.” Carlos Drummond de Andrade.

Esse pensamento de Drummond remete-nos aos Oito jeitos de mudar o mundo, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) e assumidos pelo Brasil, com data para realização até 2015, e pelo Paraná, até 2010, sob a Coordenação do Sistema Fiep (Fiep, Ciep, Sesi, Senai, IEL). No caso de Porto União e União da Vitória, o trabalho é conjunto.

Todos são convidados a participar, arriscando aplicar algum tempo de sua vida, e o melhor de sua competência para, gratuitamente, em grupos organizados, realizar atividades pequenas, mas consistentes e prolongadas no tempo. Empresários, professores, acadêmicos estão fazendo projetos que contribuirão, naturalmente, para um Paraná melhor.

Dia 22 de junho de 2009, pela manhã, houve um encontro de uns 150 adolescentes do Ensino Médio regional, 5 a 10 por Colégio, no Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv), participando de um encontro de sensibilização, conduzido por representantes estaduais do Movimento Nós Podemos Paraná. Dali saíram os adolescentes, com 15 projetos encaminhados, para discussão mais acurada em suas escolas e sua viabilização. Esse trabalho é um Plano Piloto com estudantes do Ensino Médio, monitorado pela Professora Maria Genoveva Bordignon Esteves, Diretora do Colégio da Uniuv – Coltec (Colégio Técnico de União da Vitória), que, se bem sucedido, será levado a todo o Estado. Acreditamos que dará tão certo, que poderá estender-se também às séries iniciais do Ensino Básico, criando uma nova mentalidade perante a natureza, os relacionamentos, nos cuidados coma própria saúde e com a vida. O principal é a mudança coletiva de atitude, gerenciando a vida com mais amor, disponibilidade e espírito de luta por causas justas.

Isso deve ser o fruto da maturidade do ser humano, que após séculos de experiências, percebe que vale a pena semear amor, fazê-lo alastrar-se pelos vales e montes de nosso entorno, seja em forma de água potável, de árvores frondosas, de empoderamento local, capacitando as pessoas a vencer na vida, para conquistar a dignidade que merecem, pela educação e pelo trabalho.

Se toda empresa ampliar sua quota de responsabilidade social, se o poder público cumprir seu papel, se crianças, adolescentes, jovens e adultos descobrirem que seu projeto de vida deve incluir o bem-estar social, o mundo poderá pensar em globalizar a verdadeira alegria de viver. O primeiro passo que temos a dar é nos engajar em um dos grupos voluntários existentes, ou criar um novo, e, com esperança, tirar um tempo, semanal, ou quinzenalmente, dentro do possível, para um gesto amigo e desinteressado.

Esperamos que os Colégios ainda não integrantes desse Movimento em prol de um mundo melhor entrem em contato com o Coltec (3522- 1837), para informar-se e participar dessa nova metodologia de estudo, que inclui a prática social da gratuidade, da pró-atividade, associada ao currículo escolar. E que, no futuro, cada cidadão possa ter a satisfação de preencher seu cadastro pessoal, tendo como marca de sua identidade, não só sua formação escolar e profissional, mas sua forma de participação social voluntária por um mundo melhor, fruto de decisão tomada ainda na adolescência, como fruto da consciência ética do ser humano em tempos de hipermodernidade. Que C. D. Andrade seja nosso guia.



*Mestre em Lingüística Aplicada, membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi), professora de Língua e Literatura nos cursos  de Secretariado Executivo e Comunicação Social, e presidente do Conselho Editorial da Uniuv.

Esclareça suas dúvidas. Mande sugestões para esta coluna pelo e-mail prof.fahena@uniuv.edu.br

Esse texto foi originalmente publicado na coluna Questões de Estilo, da edição impressa de 26 de junho de 2009, do Jornal Caiçara.

 

por: UNIUV

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